segunda-feira, fevereiro 13, 2006

a insustentável leveza da Vida


escondo-me de mim. não quero encontrar-me. porque, se isso acontecer, encontrar-te-ei a ti. algures. dentro de mim. na curva de uma veia. ou no canto de um osso. na raiz de um cabelo. a mastigar-me. para me lembrares que existes. e que eu existo. e que o Tempo passou enquanto eu olhava para o relógio. escondo-me. sem querer, caio num buraco. sem fundo. vejo as estrelas que estão no outro lado à medida que vou atravessando as entranhas da Terra. então penso, se não me agarrar a nada cairei a Vida inteira. e a Morte inteira também.

2 comentários:

Vanda disse...

Incrivel!!!!!

Como este me toca, nesta noite de 6ª feira, quando não me deito para não acordar em mim a saudade de quem trago escondido no corpo!

Anónimo disse...

Este era um dos que falava...

Carochinha